domingo, 30 de agosto de 2009

Um ato de liberdade


Sem rodeios: assistam os filmes "O menino do pijama listrado" e "Um ato de liberdade". Como um cinéfilo meia boca, tenho me surpreendido como ainda é possível rodar bons filmes sobre a 2ª Guerra Mundial, mesmo que centenas já tenham abordado a história de diversos "fronts" desse que foi o maior confronto bélico da história. Diante das incomparáveis consequências de todas as nefastas circunstâncias do segundo enfrentamento mundial, que alteraram substancialmente o cenário sócio-político-econômico do globo, desde seu início até hoje, na verdade será difícil se esgotar as possibilidades de visões distintas que se apresentam acerca dessa história.

A meu ver, o mais interessante é que, depois do fim da Guerra Fria, histórias mais preocupadas em contar com a maior fidelidade possível relatos verídicos do que enaltecer a vitória dos aliados têm surgido. "O Pianista", "Operação Valkíria", "Cartas de Iwo Jima" e os filmes citados, além de muitos outros, fazem parte de um grupo de películas que, embora não logrem alcançar uma (inviável) imparcialidade, conseguem deixar o mérito do confronto de lado, mostrando que nem todos os soldados que combateram no eixo eram seres humanos execráveis, monstros que intentavam dominar o mundo a qualquer custo, e que nem todos que lutaram junto aos aliados estavam imbuídos de um espírito humanista heroico e libertador. Não se trata de obras primas, mas sim de filmes realmente muito bons, aos quais vale a pena assistir, mormente se se consegue deixar de lado impressões prévias sobre a história que nos é (insuficientemente) ensinada na escola, aqui no Brasil.

-A propósito, a Superinteressante - revista nem sempre interessante, reconheço - deste mês traz matéria que faz jus a seu nome, comentando a visão de novos historiadores sobre a 2ª Guerra Mundial. Vale conferir.

-Fora, agosto! Bons ventos prometem um setembro bem melhor.

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