domingo, 7 de junho de 2009

Duas breves colocações

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Desconheço o autor dessa frase, mas poucas me chamaram tanto à reflexão. Ainda não refleti o suficiente sobre ela para comentá-la devidamente, mas adianto que, pelo que estou aprendendo e apreendendo das coisas, situações e ideias que se me apresentam, as futuras gerações serão melhores do que nós estamos sendo para o nosso planeta. Mais, fica para o futuro.


Uma importante empresa de jornalismo do Rio Grande do Sul, a RBS, iniciou há poucos dias uma intensa campanha contra o crack.

Figuras públicas, os maiores times de futebol (Internacional e o meu Grêmio) e pessoas conhecidas dos gaúchos literalmente "vestiram a camisa" da campanha. Considero tal iniciativa importante, visto que os efeitos nefastos e mortais da droga não eram de todo conhecidos da população em geral. Após uma recente tragédia no âmbito de abastada família de Porto Alegre, que culminou no assassinato do filho viciado pela própria mãe, as atenções dadas aos usuários que estão tendo suas vidas destruídas por essa droga que pode viciar no primeiro ato de consumo e que deteriora a saúde física e mental de seus usuários de forma fulminante foram maximizadas.

Nada contra a campanha. Contudo, fica a minha indagação: e os esclarecimentos sobre os efeitos maléficos de outras drogas até mais comuns, como a maconha e a cocaína, onde ficam? Será que esse veículo de comunicação teria coragem de também se posicionar contra o uso da maconha - já tido como fato comum e aceitável por alguns de seus comunicadores, publicamente, como Wianey Carlet, inclusive?

Os problemas principais do tráfico de entorpecentes, quais sejam, os diversos crimes que inexoravelmente fomenta e a destruição da saúde dos usuários, não são exclusivos do crack ou das drogas pesadas. Afetam, e muito, também aqueles que "simplesmente" fumam um ou outro cigarro de maconha, pessoas que são, sim, co-responsáveis por alavancarem o prolixo sistema de deterioração social ligado à atividade tóxico-mercantil.

Sei que, a juízo de muitos, essa ideia é retrógada e ultrapassada. Discordo, e marcho em sentido contrário a qualquer ideia que defenda a tolerância ao uso e comércio de substâncias entorpecentes. Para não entrar em um extenso campo de discussão, limito-me a afirmar que não conheço uma pessoa honrada e digna de minha admiração que fume maconha ou use outras drogas. Pelo contrário, quanto a usuários de drogas, só vejo exemplos (muitos, aliás) de indivíduos de moral duvidosa e hábitos sociais egoístas, pessoas que não constroem nada de produtivo para ninguém e só estão preocupadas com a satisfação de seus desejos imediatos. Pessoas que, em síntese, pouco se importam com o destino da sociedade da qual fazem parte e do planeta que habitam.

Quem usa drogas, a exemplo da opinião do deputado federal Sérgio Moraes, "se lixa" para toda a sociedade, seja para sua própria família, seja para aqueles que caminham em direção a caminhos obscuros ao participar da produção e fornecimento da substância utilizada, seja para si mesmo. Lamentavelmente, é o que enxergo como sendo verdadeiro.

Um comentário:

  1. Querias polêmica, certo!? Escrevendo "isso" no teu blog, tive que atender ao teu desejo. Olha lá: www.filosofiadoegg.blogspot.com

    Abração

    ResponderExcluir